MENINO HOMEM
Alimentado pelo sonho de ter casa, e não barraco
De ser doutor, e não assassino
Luta com bravura
Mas em meio ao sobe e desce do morro
Balas, Gritos, Chacinas
Perde o sonho, e vê que seus pés continuam no chão
Pobre de ti, menino homem
Acaba sendo bucha de canhão
Ou general que não terá honra alguma
Ao ser apontado como general do Alemão
Pobre de ti, juventude transviada
Sorriso no rosto, alegria que se perde
Revolta no olhar
Pronto!
Esta feito o próximo soldado
Mas somos inacabados
Fendados, Cindidos
Então!
Se a palavra é verbo, façamos bom uso dela
Se a ação é o meio, ajamos de modo coerente
Se o amor e o incessante desejo de bem viver é a supremacia
Sejamos, simples, e puramente
Uma alma frente à outra
Almas que se encontram se misturam e fecundam a vida.
Autora
Teresa Cristina Kobayashi
22/11/2004