Dinheiro

Hoje é dia de prestar contas.

Há quanto tempo não as honrava!

Horas vem que é difícil segurar as pontas,

Himeneu sem dinheiro não me confortava.

Quase tudo gira em torno deste abençoado,

Que para outros se torna maldito.

Quem sem ele nunca ficou arvorado?

Quem o usa e como usa, é que o faz bendito.

Dinheiro, moedas e papeis são como incêndio,

Decidem por vezes uma vida.

De duro ganho e de fácil dispêndio,

Debalde não cura a dor de uma ferida.

Perseguido, trabalhado, roubado ou emprestado.

Pessoas, às vezes, “valem” menos que ele até.

Poderia ser bem ganho e usado.

Porém, aumentam a sua importância além do que é!

Talvez fosse melhor a troca ainda.

Tornaria a ser quase a mesma cousa?

Transformariam-no em bebida absinta,

Também embriagaria os valores

Nas mãos de quem repousa.

Valdemir Barbosa
Enviado por Valdemir Barbosa em 20/10/2010
Reeditado em 29/02/2012
Código do texto: T2568835
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