Dinheiro
Hoje é dia de prestar contas.
Há quanto tempo não as honrava!
Horas vem que é difícil segurar as pontas,
Himeneu sem dinheiro não me confortava.
Quase tudo gira em torno deste abençoado,
Que para outros se torna maldito.
Quem sem ele nunca ficou arvorado?
Quem o usa e como usa, é que o faz bendito.
Dinheiro, moedas e papeis são como incêndio,
Decidem por vezes uma vida.
De duro ganho e de fácil dispêndio,
Debalde não cura a dor de uma ferida.
Perseguido, trabalhado, roubado ou emprestado.
Pessoas, às vezes, “valem” menos que ele até.
Poderia ser bem ganho e usado.
Porém, aumentam a sua importância além do que é!
Talvez fosse melhor a troca ainda.
Tornaria a ser quase a mesma cousa?
Transformariam-no em bebida absinta,
Também embriagaria os valores
Nas mãos de quem repousa.