Bocejo vagabundo
A língua confrange-se, seca no palato
Os olhos saltam a qualquer estímulo
Há um rasto podre no contentor do lixo
São cascas e ossos, restos animais
A cena é de fome, o bocejo… o acto
O sono não chega, o estômago late
No jardim, o banco já está ocupado
É o cão vira-lata, rafeiro de raça
A cacimba cai e aquece-lhe os ais
A cena é de fome, o bocejo…o acto
Não tem pedigree
Só passou por aqui…