Declínio do Monopólio
Algo novo se sucedeu
Quem não sabe já morreu
E nessa terra não viveu
O homem que era das almas dono
Durante dezesseis longos anos
Ninguém nunca bulira no seu trono
Trono agora só no banheiro
Pois o estado inteiro
Botou ele no seu lugar
Agora trono só se for pra...(Rima proibida pelo horário político)
Quando fala é só ofensa
Nem se importa com quem pensa
Viveu muitos anos assim
Fazendo do seu eleitorado jardim
Com mijo pérfido regado
Tamanho é o seu legado
Um rebanho de gados
Ousados, bando de folgados
Que na assembléia pousaram
Seus ninhos ali postaram
E a Bahia então afundaram...
Bahia de todos Santos
Quem dera fosse verdade
Turistas de todos os cantos
Chegam aqui e se encantam
Quando sabem a verdade se espantam
A eles demonstram a beleza infinita
Durante suas abundantes visitas
Nos lugares premeditados
nem sonham que pobres coitados
Aqui vivem quase isolados
Qual a Cuba obscura e proibida
Afastada, sem atrativos e desprotegida
Todos pagam e esperam pra ver
O que ele vai fazer
Na cara de pau em defesa
Na sua ingênua esperteza
De um povo querer enganar
Há muito cansado de se lamentar
Que neste Estado um só podia mandar.
Agora vai ter que aceitar
E rapidamente se curvar
Aos desejos e ordens de outrem
Nunca imaginei que fosse
Viver tal acontecimento
Funcionária pública no esquecimento
Ansiosa gora pelas mudanças
De ter na vida esperanças
E pelos olhos de uma criança
Já enxergo um mundo melhor
Não interessa quem pior for
O que importa é que vai mudar
Ficamos assim a esperar
Até janeiro chegar
E nova história recomeçar...
03.10.06
N.F.S