NA CONTRA MÃO DO POEMA
Na contra-mão, investigo.
Sou a escória dos versos.
Como por castigo
sou poeta de surto.
E de surto em surto
eu alimento o meu ego.
Meu advérbio de tempo
é curto:
Mil sonhos por realizar...
Sonhar,
é a cruz que carrego.
Não nego:
as minhas faltas
as minhas falhas
a minha covardia...
Faço dos meus versos
a minha ousadia.