Tempo Mudo


Um tempo de escudos, elmos e espadas
entre armas de nenhuma coragem
impondo a violência em brasões de blindados em estradas
sob as vestes do destino:armaduras, polícia disfarçada!

Entre balas de puro medo num destino certeiro,
matando gente e tudo o mais que toda guerra traz
no pó que não gritos que não se escutam mais
na raiva da perda do silêncio que é mudo
que se cala frente ao tempo no fim de tudo.

Amarrando a garganta no vazio de viver e só
no descuido descuidado, tão perdido, no gatilho: o nó!
Em maus intentos, flexas envenenadas de chama,
que tudo corrói, nas batalhas que o orgulho inflama

Punhal cravado no peito
Lágrimas derramadas, corpo cai,no sangue de mãos atadas
Na ambição do império em promessas de minas de ouro
que de mortes veste o mundo todo
asas ao sereno, coração sangrento, esperanças ao relento
na paz que desconheço, no avesso de um mundo perfeito.





Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 06/10/2010
Código do texto: T2541062
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