ANTIGA ESTAÇÃO DA LUZ

Antiga Estação da Luz

Naquele canto onde outrora

Foi a bela Estação da Luz,

Hoje na obra parada

A miséria do pobre chora,

A juventude interrompida,

Ainda que estrelas brilhen

Na escuridão da noite

Apenas chamass de isqueiros

Iluminando sorrisos viciados

Dos que vivem drogados

São tantos que abandonaram

A inocência da infância

Para mergulhar neste mundo

Desconhecido e fascinante

Onde as estrelas brilhantes

São as pedras de crack

Queimando nos cachimbos

Muito longe de celebrar

A paz entre os reunidos

Trazendo uma dependência

Triste, miserável, sem sentido

E a luta contra o tráfico

Continua, forte e sem tréguas

Enquanto os dependentes

Mergulham silenciosamente

Num oceano profundo

Sem volta para a superfície

Assim neste cruel sub-mundo

Entregue aos algozes

E cruéis verdugos

Se despedem aos poucos

dos sonhos, de tudo.

Retratos cotidianos

De uma realidade presente

Ali a nossa frente

Nos escombros da

Antiga Estação da Luz

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 16/09/2010
Código do texto: T2500709
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.