ANTIGA ESTAÇÃO DA LUZ
Antiga Estação da Luz
Naquele canto onde outrora
Foi a bela Estação da Luz,
Hoje na obra parada
A miséria do pobre chora,
A juventude interrompida,
Ainda que estrelas brilhen
Na escuridão da noite
Apenas chamass de isqueiros
Iluminando sorrisos viciados
Dos que vivem drogados
São tantos que abandonaram
A inocência da infância
Para mergulhar neste mundo
Desconhecido e fascinante
Onde as estrelas brilhantes
São as pedras de crack
Queimando nos cachimbos
Muito longe de celebrar
A paz entre os reunidos
Trazendo uma dependência
Triste, miserável, sem sentido
E a luta contra o tráfico
Continua, forte e sem tréguas
Enquanto os dependentes
Mergulham silenciosamente
Num oceano profundo
Sem volta para a superfície
Assim neste cruel sub-mundo
Entregue aos algozes
E cruéis verdugos
Se despedem aos poucos
dos sonhos, de tudo.
Retratos cotidianos
De uma realidade presente
Ali a nossa frente
Nos escombros da
Antiga Estação da Luz