Prazer e desprazer!...

Sangue derramado sobre a terra...

Matam-nos por crueldade, modorra,

Diversão... Pelo prazer e desprazer!...

Matam pelo poder e pela angústia de viver.

Nos labirintos dessa escuridão insondável...

Demasiado nua, vil, cruel, escura e tenebrosa, à toa

Circunda o cinzel em sua amargurada proa...

Um insignificante desejo indesejável.

Desenha a tresquiáltera de sua indolência crucial...

Dogma de sua irrelevante indisciplina angelical,

E impenitente travessura envolvente... Demente crente!

Crente na trindade que altera a desventura iminente.

Ser um convicto em sua maledicência sobre a oposição...

Por ter afeto pela degeneração... Às vezes, uma ilusão,

Às vezes, sofrido... Às vezes, nem sabe por que crê;

Vive num descontentamento sem saber o real viver.

Será que é para o bem, ou para o mal?

Tudo está bem!... Tudo está mal!...

“Um dia tudo estará bem, eis nossa esperança;

Tudo está bem hoje, eis nossa ilusão.” (Voltaire)

Paulo Costa

Fevereiro de 2009.

Pacco
Enviado por Pacco em 15/09/2010
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T2499420
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