A Espada
Símbolos e gravuras...
O início, o meio, às curas...
O vento sopra,
Norte, Sul... E o coração
Sem rumo e sem direção...
A veste sobra!
O som nos ares dormentes...
Sonhando sonhos dementes,
Irrefutáveis...
Colossais das ilusões
Desvairadas das pregações
Trazidas dos reis...
Nos fantoches das afeições...
E o não saber das emoções
Da triste morte...
Do absurdo, da loucura...
O caos e a desventura
Qu’Ele suporte.
A espada com que feristes O Pastor —
Com prazer... O Nosso Senhor...
De riba a baixo...
Reles, em troca de bebidas...
Vis das vilezas perdidas —
No crucifixo!
O fundir do desconforto...
No insano clã do porto,
Sem esperança...
E no amor, a dor da saudade
No caos profundo — na idade
D’uma criança...
No desespero... A inobediência
Traz consigo o medo, a ausência,
O tédio e o clamor...
E dos tais inocentes guerreiros...
Mergulhando entre os canteiros —
Na prece de dor.
Paulo Costa
Abril de 2006.