A Espada

Símbolos e gravuras...

O início, o meio, às curas...

O vento sopra,

Norte, Sul... E o coração

Sem rumo e sem direção...

A veste sobra!

O som nos ares dormentes...

Sonhando sonhos dementes,

Irrefutáveis...

Colossais das ilusões

Desvairadas das pregações

Trazidas dos reis...

Nos fantoches das afeições...

E o não saber das emoções

Da triste morte...

Do absurdo, da loucura...

O caos e a desventura

Qu’Ele suporte.

A espada com que feristes O Pastor —

Com prazer... O Nosso Senhor...

De riba a baixo...

Reles, em troca de bebidas...

Vis das vilezas perdidas —

No crucifixo!

O fundir do desconforto...

No insano clã do porto,

Sem esperança...

E no amor, a dor da saudade

No caos profundo — na idade

D’uma criança...

No desespero... A inobediência

Traz consigo o medo, a ausência,

O tédio e o clamor...

E dos tais inocentes guerreiros...

Mergulhando entre os canteiros —

Na prece de dor.

Paulo Costa

Abril de 2006.

Pacco
Enviado por Pacco em 10/09/2010
Reeditado em 23/03/2024
Código do texto: T2489726
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