VASSALOS DO VICIO...

O incenso invade o templo vazio,

Serafins já não ocupam seus postos.

Adagas ofuscadas, gumes sem fio,

almas e sarcófagos, esqueletos e rostos.

Os fantasmas suplicam por misericórdia,

correntes e ferrolhos, eterno tormento.

Mãe-menina partilha sua prole,

filhos da noite, o pai é o fogo...

Queima com veemência, o peito castiçal...

Cheiro nauseabundo, corpos sem banho,

hálito amarelo, pedra crepitante.

Alma consumida,

vida bandida...

As esquinas esfumaçadas consomem

filhos.

Paulo Moreno
Enviado por Paulo Moreno em 09/09/2010
Código do texto: T2486990
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