Noite de pavor

Noites de Pavor e medo.

A saga da menina.

Longe ouço gritos ecoando na noite silenciosa

Há uma dor angustiada a invadir a noite.

Eis que da escuridão surge Sátiro em ação maldosa

Terror, pânico da menina ilhada no medo, o açoite

Impossível uma fuga da besta covardia

Momentos de loucura, o medo congelado no rosto

Queda-se fria sem prazer do algoz da bigamia

A menina que chora seus gritos de desgosto

Lagrimas molham seu rosto inunda seu coração

Monstro do bosque, saciado pela janela desaparece

Assim como surge, misteriosamente some na escuridão

Estirada sente-se imunda na cama sua dor padece

Apenas lamenta a sorte, pensa na sua morte.

De que trevas tu vieste figura infeliz?

Que medra as meninas da cidade com sua roda da sorte

Espalha infelicidade, oh, coisa do diabo aprendiz!

De ti fica a insuportável fragrância, podre, azeda

No difícil respirar a dor que se quer ocultar.

Oh, Senhora das nuvens de chumbo, Iansã interceda

Com sua poderosa espada de fogo que a faça libertar.

Toninhobira

Iansã- Guerreira, a mais agitada das Orixás femininas, foi esposa de Ogum , posteriormente a mais importante esposa de Xangô.

Sátiros – Também chamados de Silenosm são demônios agrestes representantes masculinos da vida da natureza em suas variadas formas. Constituíam a parte mais turbulenta da comitiva de Dioniso. A imaginação popular concebia-os como seres maliciosos e sensuais e atribuía à sua figura, orelhas e patas de cabra, rabo de cavalo e nariz achatado. Viviam geralmente nos bosques dançando e tocando instrumentos musicais, perseguindo as ninfas e bebendo rumorosamente.

Triste inspiração na onda de estupro e violência contra as mulheres, caçadas e estupradas pelo Brasil a fora e o pior que se tem noticias que às vezes dentro de seus próprios lares por seus pares e ou parentes. Violência de dentro.

Postado em http://mineirinho-passaredo.blogspot.com/

Toninhobira

29/08/2010

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 07/09/2010
Código do texto: T2484003
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.