DO NOVO AO VELHO

Eu ouço o silêncio

das línguas enroladas,

O brilho sem luz

da visão já embaçada,

Vejo a convulsão

do nervo estrangulado;

O tremor sem nexo

dos neurônios anuviados,

O tropeçar sem rumo

dos pés atrofiados.

Vejo, que pena!

o novo envelhecido,

Sem ídolos, sem graça,

sem objetivos.

Morta a morte antes da vida,

vida morta

na semente.

Fazem troça...

Indigente

atirado pela porta...

Filho da Droga.

Vivianna di Castro
Enviado por Vivianna di Castro em 30/08/2010
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