DO NOVO AO VELHO
Eu ouço o silêncio
das línguas enroladas,
O brilho sem luz
da visão já embaçada,
Vejo a convulsão
do nervo estrangulado;
O tremor sem nexo
dos neurônios anuviados,
O tropeçar sem rumo
dos pés atrofiados.
Vejo, que pena!
o novo envelhecido,
Sem ídolos, sem graça,
sem objetivos.
Morta a morte antes da vida,
vida morta
na semente.
Fazem troça...
Indigente
atirado pela porta...
Filho da Droga.