Um poema na Poeira
A poeira se espalha nos móveis e nas cortinas.
Secas estão as folhas das árvores.
As toalhas sugam a umidade da pele,
doem os lábios na hora do beijo.
Palavras desenham gritos,
arranham o céu da boca.
Socorro!
Nessa tarde, quase última,
o mês de agosto se aproxima do final.
Com trompetes e clarins,
estamos à espera da chuva.