Um poema na Poeira

A poeira se espalha nos móveis e nas cortinas.

Secas estão as folhas das árvores.

As toalhas sugam a umidade da pele,

doem os lábios na hora do beijo.

Palavras desenham gritos,

arranham o céu da boca.

Socorro!

Nessa tarde, quase última,

o mês de agosto se aproxima do final.

Com trompetes e clarins,

estamos à espera da chuva.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 26/08/2010
Código do texto: T2460609
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