Medo Urbano
No dia-a-dia
Na esquina
No rosto da menina
Em plena avenida
Em plena vida
Prestes a morrer
Pelo fio da lâmina,
Do caco de vidro,
Do gargalo da garrafa de cana
No lance bobo, sacana
Sem prévio aviso
Sem cerimônia
Vão-se os anéis, os relógios,
os colares
Ficam-se os medos