Enquanto as flores perfumam;
O calcanhar de quem as pisam;
O egoísmo humano estimula;
A insensibilidade de quem oprime.

Se conseguíssemos ver com clareza;
A manifestação da vida ao redor;
Sentiríamos no âmago sua sutileza;
Fortaleza que nos tornaria melhor.

Constituimo-nos de muitas subjetividades;
Interligadas na tênue teia da vida;
Somos inseparáveis dessa complexidade.
Já que é ela quem nos alimenta e abriga.

Destruí-la é o mesmo que se iludir;
Naquilo que consideramos indispensável;
Construímos um mundo para sucumbir;
No seu próprio grito de liberdade.
                                     ACCO
Foca
Enviado por Foca em 23/08/2010
Reeditado em 23/08/2010
Código do texto: T2455502
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