Enquanto as flores perfumam;
O calcanhar de quem as pisam;
O egoísmo humano estimula;
A insensibilidade de quem oprime.
Se conseguíssemos ver com clareza;
A manifestação da vida ao redor;
Sentiríamos no âmago sua sutileza;
Fortaleza que nos tornaria melhor.
Constituimo-nos de muitas subjetividades;
Interligadas na tênue teia da vida;
Somos inseparáveis dessa complexidade.
Já que é ela quem nos alimenta e abriga.
Destruí-la é o mesmo que se iludir;
Naquilo que consideramos indispensável;
Construímos um mundo para sucumbir;
No seu próprio grito de liberdade.
ACCO