DIAS FUNESTOS

Brasileira, rica terra, bela e altaneira,

Com mulheres de negra cabeleira,

Em meio à música, praia e muita intriga,

Cresce a miséria que a gente fustiga.

O rei escarnece em louca orgia

Do povo que sua insanidade suplicia.

Canastrão do filme de bandido e terror,

Sem moral mostra um falso esplendor

Existente em sua mente insana

Afetada pelos vapores da cana.

Braços abertos igualando-se a soberanos,

Hipócrita entre todos os humanos

Quer fazer do seu governo nauseabundo

O melhor que já se viu no mundo.

Oh Deus, que me deu o dom sublime,

Do voto para punir mentira e crime

Mostre o seu poder que ele ignora

Erga a mão e mande na mesma hora

O rei deste reino apodrecido

Para as sombras de onde não devia ter saído

Porque nas máquinas eu não confio,

Podem estar preparadas para o desvio

Da vontade soberana dos honestos

Tornando nossos dias mais funestos.

21/09/06.