Aprendendo a Andar
Quando o nevoeiro dissipar
Verá que o dia vive
E o temor da treva
Ainda não é livre.
Teu andar amargurado
Não logrou advertências,
Mas se unires teus atos
A um punhado de benevolências,
Surgirá em teu mundo
Grande saber de antanho,
Não será mais sábio,
Nem terá tamanho,
Aquele que em ti confiar.
Por toda esta estrada enviará
Tua experiência de humildade,
Que a outro mostrará.
Por mais que a calmaria
Anime teu fardo indeciso,
Não creia somente na esperança
Faça com os pés tua andança.
Quando ereto, mirar a longa estrada,
Ainda verá um neófito deslumbrado,
Porque a eternidade é uma jornada
Sem teto, sem chão e sem alambrado.
Segue andando e cante,
Quando aprenderes a orar,
Sentirá o solo macio
E maravilhado saberá amar.
Teu triunfo não será ter vivido,
Nem teu ego, onipresente,
Mas exibirá com as mãos
Tua pegada experiente.