Vejo na mão calejada
Em cada trabalhador
Rosto de uma imagem marcada
Das lutas de cada jornada
As ordens do seu senhor
Dedica sua vida inteira
Embora queira ou não
Implorando de certa maneira
Restos que sobram de pão
Oprimido e explorado
Sempre, sempre a trabalhar
Ele vive acorrentado
Sem poder se libertar
Como única esperança
Resta a ele a ilusão
Acreditar na mudança
Viajar sem direção
Olhar a fartura e a bonança
Sempre longe de sua mão.
ACCO