Poesia Indigente

Quizera fazer um poema,

Desses que atrairiam a toda gente badalada,

Como uma etiqueta pregada na roupa,

Palavras de eleva da extirpe...

Quem sabe eu poderia vendê-las,

Em uma dessas maisons trés chics.

Mas minha poesia

É uma criança remelenta,

De nariz escorrendo,

Com o rosto colado no vidro fechado do carro.

Minha poesia anda faminta, ignorada e pobre

Dona e senhora das ruas tumultuadas.

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 08/08/2010
Reeditado em 11/05/2012
Código do texto: T2425297
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