Crescem as favelas na minha cidade,
amontoados desordenados,  triste realidade.

Barracos em barrancos decrescentes, decadentes,
foi-se a lembrança da vida decente.

Pessoas sofridas sem opção,
descem o morro pro seu ganha pão.

Para a labuta diária, baixa remuneração.
Desemprego, desespero, obstinação.
 
Vítimas da desigualdade social,
cumplices da marginalidade nacional.

Vivendo entre tiros de metal,
polícia ou bandido, tudo é igual.

Todos os dias há o  risco de morrer,
Todos os dias há esperança de sobreviver.