Servís
Somos as falenas sem flores
o antídoto dos valores
que se perderam no tempo,
somos (in)virtudes malévolas,
guerrilheiros sem ter causas,
justiceiros sem porvir.
Somos o passado enrustido,
casta suja e não a nata
da coroa portuguesa.
Agimos como tolos de Babel
sem princípios.
Procuramos justificativas,
onde a razão não encontra pouso.
Acreditamos no conto da carochinha,
avalizamos políticos estúpidos,
para depois lamentar tragédias.
Somos os vilões da raça
e, apontamos desgraças,
mas, nada fazemos para o quadro mudar.
Somos a perdição da história
seguimos alheios nessa luta inglória,
sem perspectivas e sem horizontes,
andamos por trilhas tortuosas
perdidos nas encostas perigosas
da procissão dos condenados.