Urbano

Urbano

02/04/2010

II: Pause

Acho que é o universo

Em um só verso

Depressão

Dos céus

São dois

Os amores

Não são só tristes

(A eternidade é)

Pouco tempo para o sono

De todo o nosso cansaço

Como explodir

(Foi)

Por toda raiva?

"Para!"

Proibirem as bombas

Eles (não) estão certos

VI - Big Yim

Não, nós não vamos nos fender, explodir, não. Nunca, linda.

O que sinto é flexível, todo de plástico

E derivado de você

Contagiante, e se ressona, e é grudenta

Gruda e é gelada e bem giante e bem vinda de você e ela ressona

Ela ressona, sona sona ressono sono sono sono e sou

Logo ficamos leve até que passamos mais a não existir

Logo ficamos grande, grande

E eu que era pequenino; era de verdade

Hoje a verdade nos comprime

E secular, passamos,

Sou o que não sou.

Trêmulas, as cordas pretas tocam-me,

Param sozinha' à noite em vão, vão, vão vão com luz com vultos reluzem lindo um brilho que

Desconhecia eu a origem

Pois não tem lua, e se tiver - s'ia, não minha, tua, tua

Rápido tudo sinto rápido arrasto rápido ou eu estou molhado ou

Lágrimas lá de lá de dela

Nada de mais, estou com sede e estou triste, muito triste

Lago salgado

Cala-se o mar:

Mínimo fio só de água pode afogar-me, não.

I - Japinha à Palestina

Àrid'eserto

Morro de frio, estou com frio, frio, frio, freio

Mas amanhã o sol chegar-se-ia, ah!

Astro dourado, sol, bem sol. Sol. sol

E caminhando - não é sonho

Sigo-me avante, ataco o vento, morrendo, bravo, luto, cansado

Até que a areia cubra-me

IX - Dragões de Metal

Mas não foi possível;

Não foi nem metáfora;

Foi rubor, mentira;

Não mais vácuo: vulto.

Eu não posso mais parar;

Eu não tenho forças mais;

Eu ainda sou metal;

Mas silício e nada mais;

Mais...

Mais: mesmo de metal, amo bonita, você.

É a cidade pratica e pesada, agora, que produz miragens.

A natureza verde é nossa teoria complicada,

E os robores bons estão em depressão; os normais são latas velhas e alegres,

E em todo lugar há velhas e alegres latas.

Não há lixo radioativo (não há energia petrolífera, nem atômica e nem guerras declaradas

[- o trânsito - trânsito de carros, mata)

E nem bichos, nem nocivos - os seres humanos foram substituídos - no presente.

Não há lixo

[Orgânico, só há lixo sintético.

Nada é reciclado. Nada! nada! Nada é reciclado:

O que era pra ser reciclado já foi totalmente reciclado.

É a cidade que produz miragens (alaranjadas):

(Saia, abra os olhos, dirija-os para baixo e olhe: veja sol refletido no asfalto).

- Sonho de Padaria

O amor ainda é de graça e obrigatório

Mas a humanidade dá um numero impar

Fica-se sozinho - eu, sem existir, sem eu

Ronaldo Polo
Enviado por Ronaldo Polo em 06/07/2010
Reeditado em 06/07/2010
Código do texto: T2361191
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