Já namorou um cabra da peste
Com a natureza agreste
Do sul, norte, ou nordeste.
Que abarcou-lhe uns tabéfes
Nas ventas das orelhas...
E ela disse não.
Ficou noiva de um cabra de peia
Que tinha sangue nas veias
E muito desaforo pra casa,
Que logo picou-lhe a zorra...
Foi saindo, gritando a ele. morra!
Casou-se com um famoso cabra macho
Se dizendo rei do cangaço,
E eram noventa pizas ao dia
Noventa desalegrias
Aumentando-lhe o cansaço.
Mas, ainda sonha com o momento
Em que a felicidade venha
Acabar com o seu sofrimento,
[Cabra marcada para sofrer]
E sobreviver
Na lei que teve na penha.
Numa relação de agressão
Quase todo amor se explode
Causando a desunião,
E, (via de regra) que tormenta.
Cabra se casa com bode
E depois, o fedor... Quem é que aguenta,
O Dostoiévsk?