Mendigo
Eu vejo o céu,
Que cobre meu corpo,
Azul sereno e majestoso
Suscita a beleza do clarear.
Eu vejo a criança,
Que baila ao longe
Sem dúvidas ou medo,
Apenas o desejo
De brincar.
Eu vejo a vida,
A todo instante
Caminha pela rua,
Com passos apressados
Não ouve do pássaro
O cantar.
Eu vejo você,
Errante estranho
Acima de tudo
Em seu mundo tão seguro.
No entanto com medo
De se libertar.
Eu vejo os olhos,
Opacos da morte
Vagando a todo tempo,
À espera do momento
De me levar.
Mas, eu não vejo,
Um braço amigo,
Os olhos afetivos,
Do próximo
Para me salvar.
Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2010.