Inutila truncat!
Prenda-se à formas.
Atenha-se ao que os seus olhos podem ver,
Pois se nem neles confia em quem confiará?
É, são as aparências,
As velhas e fixas aparências,
Que só enganam e nada mais fazem.
Elas iludem,
Maqueiam uma verdade,
Camuflam um ser falso, que nem sequer sabe de si.
O belo sorriso...
O olhar radiante...
A alegria que parece ser natural...
A alegria que esbajam é falsa,
É a ilusão que almejam .
Ela é equivalente à tristeza em seu coração
E ao rancor em sua alma.
Ninguém é inteiramente feliz
E quem dizer que o está mentindo.
Peço ainda que coma sua língua,
Que a engula e a defeque
E se não for suficiente coma sua merda.
O olhar radiante
É um pedido de socorro,
É o choro da criança trancada, presa em um olhar vago.
Presa em cada gest, caminhar, em cada sorriso.
As expectativas que fazem referência ao futuro,
è uma forma de camuflar as decepções.
Pensar mais a frente é cômodo,
principalmente quando o intuito é fugir,
Sair do presente e se esconder dos erros.
A alegria contagiante...
O sorriso de orelha a orelha...
O dia visto em bom...
O sol radiante...
São todos consequências de um apanhar,
De um sofrer.
Em uma hora ou outra o buraco vai abrir
E o cair vai ser perigo eminente.
Então, aproveite o dia.
Não crie expectativas ou esperanças
Não confie ao mundo seu futuro,
Pois quando você quiser recuperá-lo já será tarde
E o que você chama de vida já não existirá.
viva ou morra tentando.
Inutila truncat!
Dsoli