VAMPIRO
Prefiro dizer dos vampiros subjetivos,
Constantes das metáforas sociais,
Sugadores do sangue da alma social.
Prefiro dizer do vampirismo tribal da ganância,
Daqueles que confundem avareza com capitalismo,
Que confundem o sovinar com o empreender,
Que confundem o político com o vil.
Aos vampiros literários eu me rendo,
Entro nas suas histórias e vivo o faz de contas,
Gostar ou não gostar e só questão de querer,
Já desses travestidos de mocinhos, eu temo,
Pois circulam pelas ruas, com falsa identidade.
Precisamos encher o planalto de cruzes,
Plantar e espremer muito alho em plenário
Distribuir tantos terços quanto nossa fé permita,
E ensinar a tantos que vampiros engomados,
Sugam sangue, dinheiro e almas.