Velho do sitio
Intenso sol.
Mata pela secura o paiol,
Seque o sitio,
Mas não mate o velho Chico.
Não me leve o que resta,
Nem sugue o suor de minha testa.
Em bravura sangra
Ternura da teta magra
De minha sinhá Vaca Leiteira.
Donde a seiva do solo
A Palma da consolo.
A vida inda mais dura sem um sogro.
O fogo! Que lenha tenho? Se o ogro
Incendeio pintou negro.
Sou velho delgado
Com a vida sofrida.
Os pés e joelhos conjurados
Cansados do solo arado.
As rezas são pingos amenos
Na vastidão dos anos.
Aclamar cessado
Não atendido.