Difamação

Os regentes do mundo

São hematófagos;

A bandeira hasteada

Cheira a sangue;

Clamamos por uma chance;

Queremos sobreviver,

Para tentar converter

As misérias, desgraças,

Injustiças e trapaças;

Choram os caranguejos no mangue...

Estes versos,

São brados desesperados!

Se a elite não gostar, que se dane!

Não devo!

Se tiverem mesmo talento,

Venham provar desse lado!

Quando passo próximo ao carro deles,

Eu ouço trák!:

-Travas e vidros fechados...

Sou poeta...

Esse é o reconhecimento!

Em vez de fama, me difamam...

Isso é nojento!

Mas eu não baixo a cabeça.

Guarde a minha fisionomia,

Não esqueça...

Alvejarei o almejado!

Chegou ao fim.

A prepotência

É sinônimo do que é ruim...

Inorgânicos, desalmados!

Os nossos valores,

Não se depositam em banco,

Nem têm no supermercado,

São as palavras

De um cidadão favelado.

Adriano Soares Bardo
Enviado por Adriano Soares Bardo em 03/06/2010
Reeditado em 13/11/2014
Código do texto: T2297334
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