Difamação
Os regentes do mundo
São hematófagos;
A bandeira hasteada
Cheira a sangue;
Clamamos por uma chance;
Queremos sobreviver,
Para tentar converter
As misérias, desgraças,
Injustiças e trapaças;
Choram os caranguejos no mangue...
Estes versos,
São brados desesperados!
Se a elite não gostar, que se dane!
Não devo!
Se tiverem mesmo talento,
Venham provar desse lado!
Quando passo próximo ao carro deles,
Eu ouço trák!:
-Travas e vidros fechados...
Sou poeta...
Esse é o reconhecimento!
Em vez de fama, me difamam...
Isso é nojento!
Mas eu não baixo a cabeça.
Guarde a minha fisionomia,
Não esqueça...
Alvejarei o almejado!
Chegou ao fim.
A prepotência
É sinônimo do que é ruim...
Inorgânicos, desalmados!
Os nossos valores,
Não se depositam em banco,
Nem têm no supermercado,
São as palavras
De um cidadão favelado.