A morta fé
Quem deseja que o veneno insano,
provindo de estranhos arrebóis,
lhe seja, o que enseja o lábio profano,
não manda na vida, não vê seus faróis!
São naus a deriva sem cais e nem norte,
a veste dos mortos sem cor, nem botões,
são faces sem brilho, presas da morte,
tristes viajores nas asas de suas solidões!
É difícil viver num tempo sem heróis,
dividindo da tumba a reles primazia,
delirando nos sujos becos com mil sóis,
a aquecer os restos cobertos de covardia!
Não há falanges a nos dar alva guarida,
nem taças de curare, para extinguir a solidão,
se não formos heróis das nossas próprias vidas,
antes o juízo final, que a luz da servidão!
Malgaxe
Quem deseja que o veneno insano,
provindo de estranhos arrebóis,
lhe seja, o que enseja o lábio profano,
não manda na vida, não vê seus faróis!
São naus a deriva sem cais e nem norte,
a veste dos mortos sem cor, nem botões,
são faces sem brilho, presas da morte,
tristes viajores nas asas de suas solidões!
É difícil viver num tempo sem heróis,
dividindo da tumba a reles primazia,
delirando nos sujos becos com mil sóis,
a aquecer os restos cobertos de covardia!
Não há falanges a nos dar alva guarida,
nem taças de curare, para extinguir a solidão,
se não formos heróis das nossas próprias vidas,
antes o juízo final, que a luz da servidão!
Malgaxe