Queria voltar a ser criança
Fadiga, exaustão!
Estradas, injustiças!
Sou apenas um mortal.
Abandonado, mas ainda assim
um Mortal!
O dia suga as minhas forças....
Porem, ele ja está indo embora.
Está dando lugar à mão noturna!
Hoje, a batalha esta chegando ao fim.
Mas agora o que preciso achar algo...
Algo...
Para comer, dormir, viver...
Terminou mais uma batalha,
E se inicia a mais difícil de todas.
Encontrar alguma praça
Encontrar alguma alma bondosa
Rezar para permanecer vivo
Transformar algum banco de praça
em um lugar acolhedor...
Já cansei de chorar,
Já desisti de ter esperanças,
Já não lembro-me que sou humano!
Dia-após-Dia buscando ajuda,
Lutando para manter-me em pé,
Vivendo apagado da sociedade.
Em uma sociedade que ajudei a construir...
Sou um perdido na casa do individualismo,
Submetido à margem sombreada,
Impedido de caminhar!
A noite mal começou
e ja iniciou o massacre!
O medo já pertence à essa hora!
Medo de dormir
Medo da burguesia
Medo dos "poliça"
Medo dos play-boy
Medo de não abrir os olhos
Medo de Receber Ajuda...
Temores... Tremores...
Sou invisível aos alheios,
Vagabundo aos milhares.
Sou o perdido para os salvos,
O drogado para os sãos!
Sou o esquecido...
O indigente para os Dirigentes
O mudo para os surdos
O surdo para os estranhos
O sujo para os descansados.
O esmoleiro para os remunerados.
O coitado para os beatos.
O esfomeado para os fartos...
Sou... O... para...!
O humano para as estrelas!
Sinto falta de minha infância!
Cada esquina era um mundo novo!
Cada ser (cachorro, gato, estranho...) era um novo amigo.
Cada praça era um quarto aconchegante, um parque!
Hoje, cada esquina é um medo
Cada momento é um exílio.
Cada olhar, uma morte...
Quando criança
Corria em busca de um abraço, um colo.
Depois, de tanto correr,
Esqueci o que era família, lar, cama limpa...
O relógio que na igreja marca as horas,
Em meu peito marca mais um lamento!
Por cada casa que passo
Penso se por acaso, se lembram que eu existo...
Se lembram o que é frio, fome, exclusão!
Mas não posso parar!
Podem me prender, espancar.... me matar..
Tenho que continuar,
Estrada após Estrada
Caminho após caminho
Lamento após lamento
Morte após medo...
Me vêem como inexistente
Me olham como vidro
Me estranham como cachorro sarnento
Me estudam como uma flor murcha
Me excluem como e do jeito que sou!
Ao perceberem que me aproximo
Atravessam a Rua da Vaidade
Tentam ser normais
Recolocam os óculos
Engolem seco!
E o que me resta, é apenas dormir
Sonhar com um banho quente.
Lembrar de como eram as preces
Reviver sorrisos acolhedores.
Vagar entre montanhas e universos.
Delirar com comidas simples!
Temer com o acordar
Tremer com o Não acordar!
Queria voltar a ser criança...
Fadiga, exaustão!
Estradas, injustiças!
Sou apenas um mortal.
Abandonado, mas ainda assim
um Mortal!
O dia suga as minhas forças....
Porem, ele ja está indo embora.
Está dando lugar à mão noturna!
Hoje, a batalha esta chegando ao fim.
Mas agora o que preciso achar algo...
Algo...
Para comer, dormir, viver...
Terminou mais uma batalha,
E se inicia a mais difícil de todas.
Encontrar alguma praça
Encontrar alguma alma bondosa
Rezar para permanecer vivo
Transformar algum banco de praça
em um lugar acolhedor...
Já cansei de chorar,
Já desisti de ter esperanças,
Já não lembro-me que sou humano!
Dia-após-Dia buscando ajuda,
Lutando para manter-me em pé,
Vivendo apagado da sociedade.
Em uma sociedade que ajudei a construir...
Sou um perdido na casa do individualismo,
Submetido à margem sombreada,
Impedido de caminhar!
A noite mal começou
e ja iniciou o massacre!
O medo já pertence à essa hora!
Medo de dormir
Medo da burguesia
Medo dos "poliça"
Medo dos play-boy
Medo de não abrir os olhos
Medo de Receber Ajuda...
Temores... Tremores...
Sou invisível aos alheios,
Vagabundo aos milhares.
Sou o perdido para os salvos,
O drogado para os sãos!
Sou o esquecido...
O indigente para os Dirigentes
O mudo para os surdos
O surdo para os estranhos
O sujo para os descansados.
O esmoleiro para os remunerados.
O coitado para os beatos.
O esfomeado para os fartos...
Sou... O... para...!
O humano para as estrelas!
Sinto falta de minha infância!
Cada esquina era um mundo novo!
Cada ser (cachorro, gato, estranho...) era um novo amigo.
Cada praça era um quarto aconchegante, um parque!
Hoje, cada esquina é um medo
Cada momento é um exílio.
Cada olhar, uma morte...
Quando criança
Corria em busca de um abraço, um colo.
Depois, de tanto correr,
Esqueci o que era família, lar, cama limpa...
O relógio que na igreja marca as horas,
Em meu peito marca mais um lamento!
Por cada casa que passo
Penso se por acaso, se lembram que eu existo...
Se lembram o que é frio, fome, exclusão!
Mas não posso parar!
Podem me prender, espancar.... me matar..
Tenho que continuar,
Estrada após Estrada
Caminho após caminho
Lamento após lamento
Morte após medo...
Me vêem como inexistente
Me olham como vidro
Me estranham como cachorro sarnento
Me estudam como uma flor murcha
Me excluem como e do jeito que sou!
Ao perceberem que me aproximo
Atravessam a Rua da Vaidade
Tentam ser normais
Recolocam os óculos
Engolem seco!
E o que me resta, é apenas dormir
Sonhar com um banho quente.
Lembrar de como eram as preces
Reviver sorrisos acolhedores.
Vagar entre montanhas e universos.
Delirar com comidas simples!
Temer com o acordar
Tremer com o Não acordar!
Queria voltar a ser criança...