Sóbria de mim
Vá lá alguém fazer de si próprio confidente
Dar um voto de confiança à propria sombra
Há uma instância onde corre um grito infecto
alma ou comarca que atraiçoa toda uma esperança
Já me evadi, sou foragida, fora de lei
faço valer a minha voz aos quatro ventos
Essa sou eu, sem máscaras, sem subterfúgios
Resido só no vale da alegria e autenticidade
no respeito por mim mesma e pelo alheio
Se saio ilesa de tamanha mesquinharia
da subtileza das palavras vãs e amorfas
É porque não me importa a imagem que têm de mim
tudo o que eu quero, é ser sóbria de mim
e ler a paz nas alegações finais
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