Madrugada escrava

Madrugada, negra chora.

Chora o filho perdido,

O salário, a panela vazia, o sexo não feito.

Pobre negra.

Chora as angústias.

Lava o corpo das amargas máculas da vida.

Chora...

Abre com lágrimas dias felizes.

Infelizmente, sonho distante.

Escravidão eterna...

Liberdade longínqua...

Fabiano Almeida
Enviado por Fabiano Almeida em 28/08/2006
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