Almas Gêmeas

Uma moeda jogada no ar
Duas crianças numa dança infernal
Por entre carros e abismos, gorjeios em par
Braço a braço a caminho do mal.

Um sorriso pra cá, outro pra lá
Par em par, uma canção solta no ar
De mãos dadas, suadas, alertas...
As almas alegres e ruas desertas.

E a mãe assentada na relva, em soslaio
Faz coro, no coro dos pequenos lacaios
Erva maldita que queima sem aviso
Ladra perversa que afana e profana o paraíso.

No que hoje, de mãos dadas,
Fazem-se malabaristas
Amanhã, nas ruas, nas estradas
Duas armas, corpos nas pistas.
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 21/05/2010
Reeditado em 23/09/2014
Código do texto: T2270589
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