DIREITO DE IR E VIR
O cidadão tem o direito de ir e vir;
Certo, ok;
Mas será que lembram que também sou cidadão?
Isso não sei!
Pois nas ruas não tem rampas;
As calçadas não tem guia;
Corrimão não ta na escada;
Meus livros de tocar não estão na estante;
O semáforo não assobia.
Cadê a consciência dos meus irmãos?
Não entenderam ainda o que é ser especial?
não é ser um peso existencial;
È ser um doador de motivação e leveza a
almas descrentes e endurecidas;
que enchem a sociedade com uma visão distorcida da vida.
Será que eles notam que eu existo?
Será que pensam que ficar em casa é minha sina?
Será que eles sabem o que é de fato acessibilidade?
Será que pensam que no espetáculo da vida
vou deixar de atuar?
Não! Nunca! Jamais!
As incrédulos ou desinformados eu digo uma única coisa
Eu vim para fazer a diferença;
Num mundo cada vez mais igual no modo;
Estreito de pensar.
Nesta normose dopante;
Que impede os seres pensantes de olhar;
Adiante;
que os impede de acreditar.
Que limitação física não é nada;
Diante da limitação mental;
Que faz seres perfeitos se tornarem inúteis;
Simplesmente por aceitarem esta condição.
Acham que há limite para ação do homem;
E se esquecem que a mente trabalha o corpo;
E que atuando em conjunto não há força ;
Que limite esta divinal junção;
Que faz o cidadão assumir ;
a sua verdadeira posição;
De instrumento atuante;
Dentro desta tão perfeita criação.