Sagazes Serpentes
A cidade está suja
de sujeitos sabidos
Sabichões sujos:
Olhos, bocas, mãos, pés...
Sujeitos suspeitos de sujeira
nos colarinhos
e por debaixo do pano
que dá pano para além manga...
A sujeira cai como manga madura
são galhos e mais galhos
apodrecidos.
Os sujeitos surgem sérios
e surpreendem
Só - rindo
sorvendo sangue
sujando a saúde
da solitária cidade.
A cidade está suja
de sujeitos sanguessugas
e sagazes serpentes.
*Poesia de autoria de Onã Silva publicada no livro “Outros poemas” – Coletivo de poetas, Sindicato dos Escritores no DF