Uma Utopia Repleta de Sujeira

A utopia está cheia de louça suja

Loucura-me desse vício de querer ser livre

Anarquia, anarqueria e agora não anarquis mais

Poder – pelo podre tem grande pendor – e que dor

De estômagoado – a comida não era boa

Despeje ai no lixo e jogue os pratos na utopia

Que já não cabe um prato mais

Estão sujos de ideologias fracas e efêmeras.

Gosto de Ver No Estado

Atitu... de nada - não precisa agradecer

Obrigado? Pelo quê?

Não se sinta obrigado a ganhar

Dinheira na beira da algibeira

Quase caindo, mas a mão veloz o colocou de volta

E que mãos! Pega daqui, põe acolá, traz dali

Qual é o seu Estado? De choque?

Que tal utilizarmos essa máquina para avaliar a sua condição

É uma máquina ótima, é uma máquina pública.

Virando a esquerda, bom, já pode imaginar o que encontrará

Indo pela direita – você verá uns senhores bem apessoados,

mas se não engane com eles

E seguindo pro centro você vê um pouco dos dois que já te falei

É... coisa muito boa não é, melhor ficar parado aqui e ver o que acontece.

O que acontece?

Essa pergunta não poderei responder agora, está cedo ainda, quem sabe mais tarde.

Quem vai lavar a louça suja?

Quem vai vigiar enquanto a corja faz sua fuga?

E os senhores de terno sempre sérios e com boas intenções?

Teve alguma licitação pra comprar essa máquina pública?

democraCia de população desinformada Ltda de conhecimento

Votomar vergonha e aprender a escrever o nome daquele candidato

Ah não precisa escrever? Aliás, nunca precisou escrever nome de ninguém

É por isso que ninguém lembra: Não escreveu, sequer leu e o pau comeu.

E cadê o detergente pra limpar toda essa louça?

Ah está aqui, vamos meu povo, esta utopia está bem cheia

Eles nunca limpam a sujeira que faz – sempre sobra pra gente.

17/05/2010

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 17/05/2010
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