OS BREJOS
Nos ricos rituais noturnos,
do lindo coaxar dos sapos,
ao quente evaporar diurno,
sente-se, o brejo, aos trapos,
quando falam de seu mundo.
No brejo, há viveiros cíclicos,
manjares no jantar das cobras,
tão finas em sutis deslizes,
mas grossas no deixar das sobras,
e ainda querem achar perdizes.
O brejo tem seu tom poético,
pois nascem em seu lodo, as flores,
que brotam sobre bolhas mórbidas,
e por não concentrar as cores,
são vistas como coisas sórdidas.
Nota do autor:
"Coisas que ocorrem nos brejos da vida."