DESABAFO
Cai a chuva fina molhando o asfalto,
Refletindo as luzes que iluminam a rua,
Onde carros passam apressadamente.
Numa esquina escura um vulto acenando,
Esperando alguém para um programa,
Pois é na noite que busca seu sustento.
Sorriso nos lábios, escondendo as lágrimas,
Não era essa a vida que queria ter,
Mas é sua triste sina prá sobreviver!
Nas madrugadas ao voltar para casa,
Dinheiro na mão e o coração partido...
É assim que tem sobrevivido!
Menina bela que nasceu sem chances,
De uma vida decente sem exclusão.
Mas, a miséria e a fome, não lhe deram escolha,
E vender seu corpo foi sua opção.
13-05-2010