A BATALHA DOS EXCLUÍDOS

Quem somos nós além de andrajos desprovidos?

Somos herdeiros dos esquecidos e a palma árida do chão

A calejada mão que serve à mansão dos enriquecidos

De pão e letras excluídos, porém os preferidos da degradação!

Do lado de cá ainda somos a escória da Casa Grande

E o nosso semblante detalha sintomas de um vil pelourinho

No lado de lá nosso sonho sozinho se expande

Numa terra distante, onde o pão é açoite e a água é espinho!

A fumaça que os mata é grã-fina, já a nossa advém dos carvões minerais

E o trabalho dos canaviais há de ser nosso logro de casta maldita

Em troca de trapos e comida, para sonhar viver um pouco mais

Apanhando dos filhos dos tais, morrendo em troca da vida!

Fé sob o teto de zinco e paz entre a taipa e a favela

Que a gente não se nivela com os grandes de gestos pequenos

Somos muitos vivendo com menos, combatentes valentes de guerra

Quando um corpo dos nossos se enterra, se renovam nossos armamentos!

"Meus versos até voaram para sorrir, mas nunca esquecem de sua dolorosa semente originária" (Reinaldo Ribeiro)

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 12/05/2010
Código do texto: T2252553
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