TREINADOS PARA MATAR
Uma fileira de soldados,
De uma frieza cruel.
São treinados para matar;
Pouco importa o sangue
Que corre pela sarjeta.
Os corpos amontoados,
Pra nada prestam.
Violência! - sussurra uma voz.
Mas ninguém pode opinar,
Se não entra na fila
Pra noutro Mundo acordar.
Aceitar a sina ou então morrer...
Baleado, esquartejado, queimado...
Sem direito de escolher.
Muitos ainda vão morrer,
Outros serão torturados.
Alguns já sem forças, conformados
Sem ter pra quem apelar,
Observam a frieza dos carrascos.
A sentença já foi dada:
Todos condenados!
Foi uma execução?
Que nada, era tudo bandido!
Cubram a cara, horrorizados,
Mas nada falem, por favor.
Ei, você! Se ainda tem amor a vida,
E zela pelos seus... Cale-se!
Você não viu, e de nada sabe.