Guerra Fria
A aurora, que sempre sepultada,
Dos curdos, persas e latinos
Um dia brilhou no Céu; se fez Cruzada;
Contra os Párias e os Cretinos!
A carga que os navegadores
Lançam em continentes tardios
Provocam os ânimos e os rancores;
Fazem lares mudos e sombrios...
Sonham os russos por soberania;
Os americanos por escravidão...
E o mundo com vasta sabedoria,
Espera por sua ressurreição!
Mas as lágrimas que caem n’África
E nos submundos sulistas
Decretam a morte na epigástrica
E a ira contra os nazi, fascistas e golpistas.
E o sangue que banha este mundo,
Subtraído dos povos e dos arraiais;
Faz Cristo chorar, já moribundo;
E alegrar racistas, Hitler e Satanás...