Revés dos Ponteiros
O que menos importa;
Na senda da felicidade;
Se a mão que bate a porta;
Busca a propalada realidade?
Ou quem sabe uma convicção?
No mundo da utilidade capitalista;
Tudo deve ter explicação;
Seu preço como bela conquista;
É mais valia em larga produção.
Se fôssemos pagar a natureza;
Pelo seu benefício à humanidade;
Qual valor bastaria?
Na lógica da solidariedade?
Será que com dólares compraríamos?
A quantidade suficiente de fotossíntese:
Considerando que sem ela não sobreviveríamos;
Nas imbrincadas relações de seus limites.
Não será mais sensato?
Inverter a percepção insana?
De encontrar uma razão ideológica?
Além da dita mentalidade humana?
Ainda há tempo de cultivar;
A beleza do amor sensível;
Jamais tentando quantificar;
O teor de nossas origens;
Pois a vida é muito mais do que arte;
Na trama secreta do imperceptivel.
ACCO