AIS FARÓIS
Ah! Que murmúrios sombrios
Gente sofrida e fugídia
De marcas impostas
Dos vendavais ferinos.
Que claustro é esse que vai
Jornada toda imutável
Vozes, lamuriantes ais
Sem a gnosis do efêmero léu
São tão vagas as passadas
Inseguros os deleites
Dessa gente massacrada
Ah! Destino tão atroz,
Que a dor chegue a brilhar
E os ais sejam faróis.