O coronel do cacau

A missão é plantar,

pra depois colher;

a missão é transportar nos panacuns,

pela tropa de equinos;

a missão é por na barcaça,

pisotear, pisotear

pra secar;

a missão é ensacar, pesar;

a missão é vender

as bagas de cacau.

Arroubas de suor,

Arroubas de força,

Arroubas de resiliência.

A divisa é de terras

e o exército é

o pelotão de peões

que entra na batalha

com biscós e podões.

Escudeiros fiés do "Coronel",

um fazendeiro, dono do cacau

que não tem a patente

militar de oficial.

E o peão com sua bravura

todo dia na empreitada,

era quem deveria ser a criatura

condecorada.