Inutilidade
Não quero mais que me depositem nada
Não quero mais aquela vida desalmada
Aquela vida acuada.
E o mundo está cada vez mais quieto,
Parou num imenso vazio...
Está num silêncio: todos pararam
Tentam escutar o esquecimento
Através de um reles pensamento...
E o tempo passa, torna-se todo incapaz
Fica cada vez mais embriagado
De dores e de inúteis amores,
Porque o amor já não mais existe
Não (se) procria, não (se) reproduz...
Tudo se perde, tudo se destrói.