Inutilidade

Não quero mais que me depositem nada

Não quero mais aquela vida desalmada

Aquela vida acuada.

E o mundo está cada vez mais quieto,

Parou num imenso vazio...

Está num silêncio: todos pararam

Tentam escutar o esquecimento

Através de um reles pensamento...

E o tempo passa, torna-se todo incapaz

Fica cada vez mais embriagado

De dores e de inúteis amores,

Porque o amor já não mais existe

Não (se) procria, não (se) reproduz...

Tudo se perde, tudo se destrói.

Ricardo Miranda Filho
Enviado por Ricardo Miranda Filho em 23/04/2010
Código do texto: T2214677
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