A ESPUMA E A PLUMA
Um bolo de cenora
no lanchinho da tarde,
cobertura de chocolate
convivas a espera, do generoso naco.
Eis que chega como, nuvem de gema,
de sabor, bem discreto
aparência atrevida, convidando a mordida,
o naco, primeiro vai para o petiz,
que ancioso espera, em pé bem desperto.
Nos lábios, o toque sublime,
a se surpreender, da simplicidade,
tão suave, discreta iguaria
á caricia de pluma,
tom carmim amarelado.
Juntou-se, a cenoura, crua e viva,
gemas e claras
oliva, fermento e açucar,
cobriu-se , cacau, em forma de calda
porçoes servidas, como espuma eu sorvia.
A de quem foi a proeza
de tão diligente, maestria gourmet?
foi de Brianda, a menina mulher,
farta de amor e de alegria
tem sempre um sorriso, nos lábios carnudos a oferecer.