Adolescente
Eu quis abençoar, não fui suficiente.
Perdi meu tempo no tempo de um projétil.
Vi o sangue que tingiu de dor a residência.
Haja visto que caos não tem bairro e, caixa de sapato é casa de gente.
Aquilo pareceu descida para o inferno.
Não consegui ver o olho, lamuriado.
Quis chorar, lembrei lugares, no fim, no fim... foi mais um sem nome nas listas dos pais.
São tantas e tristes.
Crianças que não tingem o timbre dos papeis do governo.
Implorando que não matem outros, vi mães testemunhando com almas.
Pediam milagres.
Suplicavam respostas.
Onde jogaram as crianças?
Quem endureceu o céu?
Porque tentam matar a Deus?
Quem ceifou o nono mês?
Quem negou a infância.
Nuca o tempo dará aquela mãe, a resposta.