MÁFIA
Plano de saúde pra mim
É um caso de polícia a parte
Um descaso sem fim
Amostra de abandono covarde
A palavra paciente
Não faz o menor sentido
Quem ta doente
Quer é ser atendido
Esperar 180 minutos
Por um atendimento
Que dura um minuto
É falta de polimento
A palavra emergência
Precisa ser revista
Para que a negligência
Não esteja tão à vista
O boleto nunca atrasa
Nada é mais importante que o pagamento
Ao cliente, só a paga
E que se dane o atendimento
E paga é caro
Pra ser tratado como indigente
É um disparato
Uma conduta indecente
Acho que os gestores de tais planos
Que pra mim só têm nome
Não contabilizam os danos
Desse tratamento infame
Andam se preocupando por demais
Com a boa aparência
E pouco se faz
Pela boa assistência
Os núcleos são coisa fina
Não dá pra negar
O que não combina
Com o tanto que se tem que esperar
Pois cliente não é turista
Precisa mais prontidão
O que tem de futurista
Num trato em lentidão
E nem tudo que reluz
É ouro em pó
Plano de saúde e o SUS
É tudo uma máfia só