MÁFIA

Plano de saúde pra mim

É um caso de polícia a parte

Um descaso sem fim

Amostra de abandono covarde

A palavra paciente

Não faz o menor sentido

Quem ta doente

Quer é ser atendido

Esperar 180 minutos

Por um atendimento

Que dura um minuto

É falta de polimento

A palavra emergência

Precisa ser revista

Para que a negligência

Não esteja tão à vista

O boleto nunca atrasa

Nada é mais importante que o pagamento

Ao cliente, só a paga

E que se dane o atendimento

E paga é caro

Pra ser tratado como indigente

É um disparato

Uma conduta indecente

Acho que os gestores de tais planos

Que pra mim só têm nome

Não contabilizam os danos

Desse tratamento infame

Andam se preocupando por demais

Com a boa aparência

E pouco se faz

Pela boa assistência

Os núcleos são coisa fina

Não dá pra negar

O que não combina

Com o tanto que se tem que esperar

Pois cliente não é turista

Precisa mais prontidão

O que tem de futurista

Num trato em lentidão

E nem tudo que reluz

É ouro em pó

Plano de saúde e o SUS

É tudo uma máfia só

Aléssya
Enviado por Aléssya em 14/04/2010
Reeditado em 14/04/2010
Código do texto: T2197303
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