Sonhos do novo mundo admirável
Sonhos do novo mundo admirável
(Ramon de Freitas Ribeiro, inspirado no livro “Admirável mundo novo”, de Aldous Huxley)
Não existem mais segredos e medos
Que eu consiga mais esconder
Barreira impossível de romper
Pesadelos de grandes desesperos
Sonhos do novo mundo admirável
Grandes idéias, exíguo espaço
Teu ódio domado, amor escasso
Pesadelo dum mundo inviável
Isolam-se os imundos selvagens
Idéias que se fundem no limo
Estrada sem rumo, nenhum destino
Longe do centro. Que vivam nas margens!
Quantos parceiros só nesta semana?
Quantas dosagens do “soma” diário?
Ilusões que passeiam no átrio
Onde a volúpia oblitera o drama
Sonhos dum novo admirável mundo
Fossa existencial enterrada
Pesadelo que me assusta e arrasa
Aquele que trilha uma via sem rumo
O que há de ser? Pesadelo ou sonho?
Quem tem a dúvida? Burguês ou Selvagem?
Páginas que refletem uma miragem
Sonhos do louvável mundo medonho