Veio do nada, nada fazia prever tal...

O céu mudou de cor

E as pessoas mudaram

Sem se saber porque

Em vez da paz

O ódio espalharam…

Veio do nada, nada fazia prever tal...

E as lágrimas passaram a ser negras

E em vez de amor

Também eu passei a viver nas trevas…

Capacetes azuis

Trocaram essa cor

Pelo camuflado

Abatendo pombas brancas

Relatando então populações chacinadas

E não quem haviam salvado…

As armas de destruição maciça

Passaram a ser de fácil uso

E não de mera dissuasão

Os hinos das nações

Deixaram de louvar a vida

Passaram a fazer o culto à destruição…

E eu…

Acordei então

E descobri que tinha vivido um pesadelo

Lancei uma pomba branca aos céus

Plantei uma árvore

Descobri em mim o mais belo sorriso

E espalhei tal pelo mundo

Porque a paz que cultivo

A paz que preciso

É a condição para o futuro

Onde tudo

Tudo

Tem que ser saudavelmente vivo…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 31/03/2010
Código do texto: T2169582
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