Veio do nada, nada fazia prever tal...
O céu mudou de cor
E as pessoas mudaram
Sem se saber porque
Em vez da paz
O ódio espalharam…
Veio do nada, nada fazia prever tal...
E as lágrimas passaram a ser negras
E em vez de amor
Também eu passei a viver nas trevas…
Capacetes azuis
Trocaram essa cor
Pelo camuflado
Abatendo pombas brancas
Relatando então populações chacinadas
E não quem haviam salvado…
As armas de destruição maciça
Passaram a ser de fácil uso
E não de mera dissuasão
Os hinos das nações
Deixaram de louvar a vida
Passaram a fazer o culto à destruição…
E eu…
Acordei então
E descobri que tinha vivido um pesadelo
Lancei uma pomba branca aos céus
Plantei uma árvore
Descobri em mim o mais belo sorriso
E espalhei tal pelo mundo
Porque a paz que cultivo
A paz que preciso
É a condição para o futuro
Onde tudo
Tudo
Tem que ser saudavelmente vivo…